sexta-feira, 22 de outubro de 2010

mensagem de Rafael

Galera!

Conforme o prometido ...

CARTAS DE UMA MORTA: EM ANEXO
PAULO E ESTEVÃO: EM ANEXO

Achei mais prático disponibilizar os links do que anexar todos os livros.


Alguns livros: 

Contradições acerca da vida no planeta Marte

José Marcelo Gonçalves Coelho
Desde as épocas mais remotas o Universo tem nos acenado com a possibilidade, cada vez mais admissível, de existência de vida extraterrena; e, ao elevarmos a fronte em direção ao firmamento, uma profunda intuição nos dá a certeza de que Deus não ergueria bilhões de corpos celestes apenas para nossa contemplação.
A partir de 18 de abril 1857, data da primeira publicação de O Livro dos Espíritos, passamos a ter o respaldo das Inteligências Celestiais, que vinham para atestar a pluralidade dos mundos habitados—um dos postulados da Doutrina Espírita—revivendo, na verdade, o próprio Cristo, que já nos havia asseverado:Na casa de meu Pai há muitas moradas (...)” (João 14:2).
Uma dessas moradas, o planeta Marte, tem sido alvo das mais variadas especulações, que vão desde as historietas e filmes infantis, povoados de imagens hilariantes e fantasiosas, que tanto fertilizam a nossa imaginação, até as mais profundas ilações de cunho esotérico ou cientifico.
Sob a ótica espírita, a temática sob análise atinge conotações ainda mais profundas, em virtude da observância do tríplice aspecto — Ciência, Filosofia e Religião. Visando à elucidação dos fatos, examinemos, preliminarmente, a nota de Kardec, atrelada à questão 188 da primeira obra basilar, que ora transcrevemos, em parte:
“De acordo com o ensinamento dos Espíritos, de todos os globos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é onde os habitantes são menos avançados, tanto física como moralmente. Marte lhe seria ainda inferior (...)” (grifo nosso).
Certamente valeu-se o codificador, inclusive, da comunicação dos Espíritos Mozart e Bernard Pallissy, que se diziam encarnados em Júpiter, em mensagem canalizada pelo médium e teatrólogo francês Victorien Sardou. Segundo eles, Marte seria o planeta mais inferior do Sistema Solar, de precárias condições de vida, habitado por criaturas sub-humanas.
Alguns anos após, mais precisamente em 1935, viria a lume a obra Cartas de Uma Morta, uma coletânea de mensagens psicografadas pelas mãos de Francisco Cândido Xavier, na qual o Espírito Maria João de Deus, sua querida mãe, entre outros temas, nos descrevia com riqueza de detalhes a vida marciana. Atentemos para o trecho que se segue:
“Todavia, o que mais me admirou não foram as expressões físicas deste planeta, tão adiantado em comparação com o vosso. Nele a sociedade está constituída de tal forma, que as guerras ou os flagelos seriam fenômenos jamais previstos ou suspeitados. A vibração de paz e de harmonia que ali se experimenta irradia aos corações felicidades nunca sonhadas na Terra. A mais profunda espiritualidade caracteriza essa humanidade, rica de amor fraterno e respeito ao Criador”.
Mais tarde, novamente através da mediunidade segura de Chico Xavier, em crônica datada de 25 de julho de 1939, integrante da obra intitulada Novas Mensagens,o Espírito Humberto de Campos nos trazia informações complementares, corroborando o relato acima; vejamos:
“Tive, então, o ensejo de contemplar os habitantes do nosso vizinho, cuja organização física difere um tanto do arcabouço típico com que realizamos as nossas experiências terrestres. Notei, igualmente, que os homens de Marte não apresentam as expressões psicológicas da inquietação em que se mergulham os nossos irmãos das grandes metrópoles terrenas. Uma aura de profunda tranqüilidade os envolve. É que, esclareceu o mentor que nos acompanhava, os marcianos já solucionaram os problemas do meio e já passaram pelas experimentações da vida animal, em suas fases mais grosseiras. Não conhecem os fenômenos da guerra e qualquer flagelo social seria, entre eles, um acontecimento inacreditável”.
Conforme se depreende facilmente, as duas últimas mensagens aqui reproduzidas, de fonte mediúnica comprovadamente fidedigna, opõem-se frontalmente às instruções recebidas por Victorien Sardou, considerado pelo Professor Rivail como “um desses fervorosos e esclarecidos adeptos” (Revista Espírita, ano I, nº 08, agosto/1858).
Entretanto, de posse de seu peculiar bom senso, Kardec jamais conferiu às orientações dos Espíritos o caráter de verdades absolutas, consciente de que o tempo traria novas revelações ou descobertas científicas que haveriam de modificá-las ou ratificá-las, pois que, à época, a Doutrina Espírita apenas acabara de desabrochar. E isto, pelo visto, parece ter ocorrido; tanto por parte das comunicações espirituais, conforme constatado, como da Ciência Acadêmica, à qual se submetem os princípios fundamentais do Espiritismo, pois assim se estatuiu:
“Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará” (Kardec, A Gênese, capítulo I, item 55).
E, certamente, as investidas espaciais nos têm dado relevante contribuição, principalmente através dos engenhos norte-americanos denominados Mariner 9, Viking (1e2), Mars Pathfinder e, mais recentemente, da sonda não tripulada Pathfinder, fruto do investimento de milhões de dólares, que, tendo pousado em solo marciano no dia 4 de julho de 1997, liberou, dois dias após, o veículo teleguiado denominado Sojourner. Durante meses diversas imagens nos foram transmitidas, entretanto, em momento algum foram encontrados quaisquer indícios de vida orgânica, nem, tampouco, de “criaturas sub-humanas”.
Ante o exposto, uma dúvida naturalmente se estabelecerá: Se nos é defeso, enquanto encarnados, visualizar aspectos da civilização marciana, mesmo de posse dos mais hodiernos recursos da tecnologia astronômica, a que espécie de vida, afinal, se referiram os Espíritos Humberto de Campos e Maria João de Deus em suas revelações?
Recorramos, primeiramente, à questão 181, de O Livro dos Espíritos, na qual o mestre de Lion indaga:
Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos?
A que os Espíritos respondem:
“Sem dúvida possuem corpo, porque é preciso que o Espírito esteja revestido de matéria para agir sobre a matéria. Porém, esse corpo é mais ou menos material, de acordo com o grau de pureza a que chegaram os Espíritos. E é isso que diferencia os mundos que devem percorrer; porque há muitas moradas na casa de nosso Pai e, portanto, muitos graus (...)”.
E mais adiante, à questão 186, Kardec questionaria:
“Há mundos em que o Espírito, deixando de habitar um corpo material, tem apenas como envoltório o perispírito?
...tendo obtido o seguinte esclarecimento:
-Sim, há. Nesses mundos até mesmo esse envoltório, o perispírito, torna-se tão etéreo que para vós é como se não existisse. É o estado dos Espíritos puros (grifei).
Percebemos, destarte, que os Espíritos que ora habitam o planeta Marte, ainda que não se encontrem num patamar evolutivo de absoluta pureza, certamente se fazem revestir de um corpo de matéria tão quintessenciada que nossa limitada percepção visual não consegue atingir.
Ademais, aguardemos, por orientação futurista do próprio codificador, os avanços científicos que, gradualmente, confirmarão todos os fundamentos espíritas, pois que, contradições, quando se apresentam, são mais na superfície do que no fundo, o que atesta a essência irrefutavelmente divina do Espiritismo, apanágio que, em última análise, constitui seu inabalável alicerce.
josemarcelo.coelho@bol.com.br

Referências bibliográficas:

  • XAVIER, Francisco Cândido
  • Novas Mensagens, FEB; pelo espírito Humberto de Campos
  • Cartas de Uma Morta, editora LAKE; pelo espírito Maria João de Deus
  • KARDEC, Allan
  • O Livro dos Espíritos, editora LAKE, tradução de Herculano Pires
  • Revista Espírita, Ano I, agosto de 1858, número 8
  • JESUS, Novo Testamento, Evangelho de João, capítulo 14

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Consolador Prometido


1. O Evangelho de João registra da seguinte forma a promessa de Jesus relativa ao Consolador: "Se me amais, guardai meus mandamentos. E rogarei a meu Pai e ele vos dará  outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: o Espírito da Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê e absolutamente não o conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará  convosco e estará em vós" (João, 14:15 a 17).
2. Um pouco mais adiante, o mesmo Evangelista atribui a Jesus as seguintes palavras: "Eu vos tenho dito estas coisas enquanto permaneço convosco. Mas o Paráclito, o Santo Espírito, que meu Pai vos enviará em meu nome, vos ensinará  todas as coisas e vos fará  lembrar o que vos disse" (João, 14:25 e 26). (Paráclito ou paracleto significa mentor, defensor, protetor.)
3. Verifica-se por essas palavras que o Consolador prometido por Jesus, também chamado de Santo Espírito e de Espírito da Verdade, seria enviado à Terra com a missão de consolar, lembrar o que ele dissera e ensinar todas as coisas.
4. O Consolador, como Espírito da Verdade, teria, pois, de dar ao homem o conhecimento de sua origem, da necessidade de sua estada na Terra e do seu destino, espalhando por todo o lado a consolação que advém da fé e da esperança.
5. Seu compromisso com a verdade (o ensino de todas as coisas) o eleva à condição de uma nova Revelação (a terceira) da lei de Deus aos homens. Ora, o Espiritismo, procedendo de Espíritos sábios e bondosos, num verdadeiro derramamento da mediunidade na carne, preenche integralmente essas condições, visto que:

1
o - procura lembrar-nos o que Jesus ensinou;
2
o - ensina-nos muitas coisas que o Evangelho não pôde explicar adequadamente;
3
o - consola e conforta os que sofrem ao mostrar-lhes a causa e a finalidade dos sofrimentos humanos.

6. A revelação cristã sucedeu à revelação mosaica; a revelação dos Espíritos veio completá-la. O Espiritismo é, pois, segundo os próprios Espíritos superiores, o Consolador prometido pelo Cristo.
7. Várias foram as razões que justificaram a promessa do Cristo, relativamente ao advento do Espírito da Verdade. Uma delas seria a inoportunidade de uma revelação total e completa pelo Cristo, numa época em que o homem não estaria amadurecido para compreendê-la. Outra razão seria o esquecimento e a falta de vivência das verdades apregoadas no Evangelho. E mais do que isto, destacam-se como forte razão as distorções premeditadas que a mensagem evangélica sofreu ao longo dos tempos. Kardec afirma, em "A Gênese", terem sido dois mil anos de fermentação e de criminosas deformações da mensagem cristã.
8. A relação entre o Espiritismo e o Consolador prometido está no fato de a Doutrina Espírita preencher todas as condições inerentes ao Paráclito anunciado por Jesus. Como assinala Kardec, o Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos de toda gente, pois fala sem figuras, nem alegorias, e levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios, trazendo a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem.
9. Se, de um lado, o Espírito da Verdade se apresentava aos homens, à frente de elevadas Entidades espirituais, que voltaram à Terra para completar a obra do Cristo, de outro Kardec se punha a postos, à frente de criaturas espiritualizadas, dispostas a colaborar na imensa tarefa. Cumpria-se, assim, uma promessa do Cristo, por meio de todo um imenso processo de amadurecimento espiritual do homem.
10. Kardec foi, portanto, o instrumento de que se serviu o Alto para completar a mensagem do Cristo, como ele mesmo havia prometido, por intermédio de uma Doutrina altamente consoladora e intimamente ligada ao ensino moral contido no Evangelho de Jesus, que permanecerá  para sempre conosco.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A Espiritualidade dos Animais

Gratificante que esse tema, até pouco tempo tão deslembrado, esteja agora visitando e instigando a mente de tantas pessoas, não necessariamente espíritas, senão sim, todas, ao menos, espiritualistas, querendo saber o que acontece com animais, depois que morrem...

De minha parte e dentro do que conheço do Espiritismo, respondo a esse questionamento retrocedendo no tempo, partindo da criação dos seres vivos:
- Deus, “a inteligência suprema e a causa primária de todas as coisa” , cria sem cessar. Uma de Suas criações é o Princípio Inteligente (PI), representado pela mônada que verte do fluido cósmico e que, contemplada com a eternidade(!), enceta longa rota evolutiva, estagiando inicialmente no mineral, a seguir no vegetal, depois no animal, daí ao hominal e, finalmente, no angelical;

- nos três primeiros estágios citados, a pouco e pouco cada PI irá se individualizando, percorrendo infinitos ciclos evolutivos, num e noutro plano da vida (o espiritual e o material), durante os quais será mantido, monitorado e guiado por Inteligências Siderais, responsáveis pela Vida, por delegação divina;

- nesses três reinos o PI gradativamente irá sendo equipado, por aqueles Protetores, de instinto e automativos fisiológicos , representando poderosos equipamentos para possibilitar-lhe a sobrevivência, nos rudes crivos que terá de superar, até humanizar-se, quando então, ainda com tais condicionamentos automáticos (que possibilitam o metabolismo), estará equipado de livre-arbítrio, inteligência contínua e consciência;

- à medida que ocorre a sua individualização, na extensa rota de experiências, no reino animal, o PI já tem uma alma, porém inferior à do homem ; assim sendo, é lícito deduzir que revestindo essa alma há um corpo astral — o perispírito —, sutil, mas ainda material e sempre mais grosseiro do que o do homem.

Tratando-se agora dos três reinos e em particular à morte dos animais, Kardec perguntou e obteve respostas claras, não passíveis de segunda interpretação.

Resumindo essas respostas:
- minerais só têm força mecânica (não têm vitalidade); NOTA: Quer me parecer que essa força é a que mantém a agregação do átomo, que acompanhará o PI em toda a vasta fieira de experiências terrenas.

- vegetais são dotados de vitalidade e têm vida orgânica (nascem, crescem, reproduzem e morrem), além de serem dotados de instinto rudimentar;

- animais têm instinto apurado e inteligência fragmentária, além de linguagem própria de cada espécie; têm um princípio independente, que sobrevive após a morte; esse princípio independente, individualizado, algo semelhante a uma alma rudimentar, inferior à humana, dá-lhes limitada liberdade de ação (apenas nos atos da vida material); assim, pois, não têm livre-arbítrio;

essa “alma”, não sendo humana, não é um Espírito errante (aquele que pensa e age pelo livre arbítrio);

- ao morrer, cada animal é classificado pelos Espíritos disso encarregados; enquanto aguardam breve retorno às lides terrenas, via reencarnação, são mantidos em vida latente e sem contato, uns com os outros; ao serem reconduzidos a nova existência terrena são alocados em habitats de suas respectivas espécies.

Aqui encerro o meu (incompleto) resumo do que consta em “O Livro dos Espíritos”.

Respeitáveis autores espíritas, desencarnados, aduziram informações sobre esse tema. André Luiz, em particular, narra que vários animais são encontrados na Espiritualidade, como por exemplo aves, cães, cavalos, íbis viajores, muares. Alguns são “escalados” para tarefas diversificadas (cães e cavalos, na maioria das vezes, como se vê, respectivamente, em duas obras : “Nosso Lar”, Cap 33 e “Os Mensageiros”, Cap 28).

No Cap XII da já citada obra “Evolução em Dois Mundos”, André Luiz narra que após a morte os animais têm dilatado o seu “período de vida latente” no Plano Espiritual, caindo em pesada letargia, qual hibernação, de onde serão genesicamente atraídos às famílias da sua espécie, às quais se ajustam.

Essa informação considero-a fundamental para o entendimento de como os animais vivem no Plano Espiritual;

Kardec registrou que após a morte os animais são classificados e impedidos de se relacionarem com outras criaturas; André Luiz, agora, diz a mesma coisa, de outra forma, ao mencionar que os animais que não são destacados para alguma tarefa, entram em hibernação e logo reencarnam.

Depreendo, assim, que na Espiritualidade os animais não utilizados em vários serviços, não têm vida consciente, mas vegetativa e isso responde à pergunta de como vivem lá: sem qualquer relacionamento, uns com os outros. Assim, não havendo ação de predadores inexistem presas; mantidos em hibernação não se alimentam, não brigam, não reproduzem, não se deslocam.

Como se nota na literatura espírita, as referências sobre animais na Espiritualidade referem-se, na maioria das vezes, a animais que podem ser denominados biológica e espiritualmente “superiores”. Raríssimas são as notas sobre aves, peixes, insetos ou sobre as incontáveis espécies extintas no planeta. Igualmente ralas, as anotações sobre a fantástica transição do animal (quais espécies animais?) para o hominal — o “elo perdido”, dos biólogos... Sem nos esquecermos da instigante citação, feita de relance por André Luiz, em “Nosso Lar”, em se referindo à existência, na Espiritualidade, dos parques de estudo e experimentação.

O fato é que existem, sim, tais anotações, porém, o espaço disponível para meu texto não comportaria mais anotações sobre a espiritualidade dos animais.


Euripedes Kühl

1 Questão nº 1 de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, Ed.FEB, RJ/RJ
2 Mônada = Organismo muito simples, que poderia ser considerado uma unidade orgânica. “Mônada celeste” seria a célula espiritual, manifestando-se em “o princípio inteligente (PI) em suas primeiras manifestações”, ou seja, na primeira fase de evolução do ser vivo, “os germes sagrados dos primeiros homens”.
3 Vide Cap IV, 1ª parte, do livro “Evolução Em Dois Mundos”, de André Luiz, psicografia de F.C.Xavier e W.Vieira, Ed.FEB, RJ/RJ
4 Questão n° 597 e 597ª, de “O Livro dos Espíritos”
5 Capítulo XI — Dos três reinos — em “O Livro dos Espíritos”.
6 Ambas as obras de André Luiz, autor espiritual, com psicografia de F.C.X
avier, Edição da FEB, RJ/RJ

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Aniversário de Kardec

03 de outubro de 1804: data da reencarnação de Allan Kardec, o grande Codificador do Espiritismo.

Agradeçamos, portanto, ao Missionário enviado por Jesus.


A Viagem do Autoconhecimento

Se não fosse a persistência desse grande vulto que é Allan kardec, o que teria sido de todos nós? De mim, que despertei, realmente, com a leitura do livro dos espíritos, do evangelho consolador, para abraçar o mundo espiritual das grandes verdades que a codificação encerra.

Todo aquele que quiser ser espírita, tem de deixar muito da sua ânsia de ser compreendido.

Não pode ser hipersensível, não pode mergulhar nas susceptibilidades. Tem de ser, realmente, fraterno e compreensivo. Porque todos nós estamos na terra numa grande viagem, vocês encarnados principalmente.

Nessa grande viagem, vocês sofrem as condições exteriores de agressões, de lutas, provas, enfermidades.

Mas vocês estão, também, realizando uma grande viagem interior. Vocês estão conhecendo o caráter, a personalidade, os sentimentos que vocês agasalham dentro da alma e do coração e que só vocês conhecem.

Essa viagem interior, que todos os espíritas devem fazer, que se todas as criaturas a fizessem seria muito bom, é aquela de auto reconhecimento.

Sabemos que estamos caminhando, trazendo muita coisa que podemos deixar pelos caminhos da terra, para que as nossas almas sejam aladas e consigam empreender o grande vôo para o cimo da Luz.

Sem essa viagem interior com esses permanentes bloqueios que nós teimamos em fazer, não reconhecendo nossas falhas, nossas dúvidas, nossos conflitos, nossas neuroses, nossos traumas, transferindo sempre para o exterior tudo o que sofremos - nós não conseguiremos obter a nossa libertação.

É preciso, meus filhos, viajarmos dentro de nossa própria alma. Porque na grande viagem reencarnatória, dependendo ou não de vocês, vocês terão lutas e problemas, que, muitas vezes, esse ponto de agressão, de sentimentos inferiores. Mas, dentro do nosso espírito não, somos senhores absolutos do que pensamos, do que queremos, do que realizamos. Por isso, se as nossas chagas interiores, só nos mesmos podemos curá-las.

Que o mestre, que com suas mãos chagadas cura as chagas de nossas mãos, que nem sempre trabalham pelo próximo e que, muitas vezes, se feriram, ferindo semelhantes, que esse mestre possa, com as suas mãos divinas, acalentar a todos nós, na luz do seu infinito, do seu imenso e bondoso amor.

Bezerra de Menezes (espírito)
Psicografia de Shyrlene Campos
............

Kardec, Obrigado!

Kardec, enquanto recebes as homenagens do mundo, pedimos vênia para associar nosso preito singelo de amor aos cânticos de reconhecimento que te exaltam a obra gigantesca nos domínios da libertação espiritual.

Não nos referimos aqui ao professor emérito que foste, mas ao discípulo de JESUS que possibilitou o levantamento das bases do Espiritismo Cristão, cuja estrutura desafia a passagem do tempo.

Falem outros dos títulos de cultura que te exornavam a personalidade, do prestígio que desfrutavas na esfera da inteligência, do brilho de tua presença nos fastos sociais, da glória que te ilustrava o nome, de vez que todas as referências à tua dignidade pessoal nunca dirão integralmente o exato valor de teus créditos humanos.

Reportar-nos-emos ao amigo fiel do Cristo e da Humanidade, em agradecimento pela coragem e abnegação com que te esqueceste para entregar ao mundo a mensagem da Espiritualidade Superior. E, rememorando o clima de inquietações e dificuldades, em que, a fim de reacender a luz do Evangelho, superaste injúria e sarcasmo, perseguição e calúnia, desejamos expressar-te o carinho e a gratidão de quantos edificaste para a fé na imortalidade e na sabedoria da vida.

O Senhor te engrandeça por todos aqueles que emancipaste das trevas e te faça bendito pelos que se renovaram perante o destino à força de teu verbo e de teu exemplo!...

Diante de ti, enfileiram-se, agradecidos e reverentes, os que arrebataste à loucura e ao suicídio com o facho da esperança; os que arrancaste ao labirinto da obsessão com o esclarecimento salvador; os pais desditosos que se viram atormentados por filhos insensíveis e delinqüentes, e os filhos agoniados que se encontraram na vala da frustração e do abandono pela irresponsabilidade dos pais em desequilíbrio e que foram reajustados por teus ensinamentos, em torno da reencarnação; os que renasceram em dolorosos conflitos da alma e se reconheceram, por isso, esmagados de angústia nas brenhas da provação, e os quais livraste da demência, apontando-lhes as vidas sucessivas; os que se acharam arrasados de pranto, tateando a lousa na procura dos entes queridos que a morte lhes furtou dos braços ansiosos, e aos quais abriste os horizontes da sobrevivência, insuflando-lhes renovação e paz, na contemplação do futuro; os que soergueste do chão pantanoso do tédio e do desalento, conferindo -lhes, de novo, o anseio de trabalhar e a alegria de viver; os que aprenderam contigo o perdão das ofensas e abençoaram, em prece, aqueles mesmos companheiros da Humanidade que lhes apunhalaram o espírito, a golpes de insulto e de ingratidão; os que te ouviram a palavra fraterna e aceitaram com humildade a injúria e a dor por instrumentos de redenção; e os que desencarnaram incompreendidos ou acusados sem crime, abraçando-te as páginas consoladoras que molharam com as próprias lágrimas...

Todos nós, os que levantaste do pó da inutilidade ou do fel do desencanto para as bênçãos da vida, estamos também diante de ti!... E, identificando-nos na condição dos teus mais apagados admiradores e como os últimos dos teus mais pobres amigos, comovidamente, em tua festa, nós te rogamos permissão para dizer: Kardec, obrigado!...

Muito obrigado!...

Irmão X (espírito)
Psicografia de Chico Xavier
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Mensagem da Semana - Enviada por Marlene

“Nenhum servo pode servir a dois senhores”
Jesus  
(Lucas, 16:13.)
Situar em posição clara e definida as aspirações sociais e os ideais espíritas cristãos, sem confundir os interesses de César com os deveres para com o Senhor.
Só o Espírito possui eternidade.
Distanciar-se do partidarismo extremado.
Paixão em campo, sombra em torno.
Em nenhuma oportunidade, transformar a tribuna espírita em palanque de propaganda política, nem mesmo com sutilezas comovedoras em nome da caridade.
O despistamento favorece a dominação do mal.  
Cumprir os deveres de cidadão e eleitor, escolhendo os candidatos aos postos eletivos, segundo os ditames da própria consciência, sem, contudo, enlear-se nas malhas do fanatismo de grei.
O discernimento é o caminho para o acerto.
Repelir acordos políticos que, com o empenho da consciência individual, pretextem defender os princípios doutrinários ou aliciar prestígio social para a Doutrina, em troca de votos ou solidariedade a partidos e candidatos.
O Espiritismo não pactua com interesses puramente terrenos.
Não comerciar com o voto dos companheiros de Ideal, sobre quem a sua palavra ou cooperação possam exercer alguma influência.
A fé nunca será produto para mercado humano.
Por nenhum pretexto, condenar aqueles que se acham investidos com responsabilidades administrativas de interesse público, mas sim orar em favor deles, a fim de que se desincumbam satisfatoriamente dos compromissos assumidos.
Para que o bem se faça, é preciso que o auxílio da prece se contraponha ao látego da crítica.
Impedir palestras e discussões de ordem política nas sedes das instituições doutrinárias, não olvidando que o serviço de evangelização é tarefa essencial.
A rigor, não há representantes oficiais do Espiritismo em setor algum da política humana.
“Nenhum servo pode servir a dois senhores” – Jesus  
(Lucas, 16:13.)
Mensagem extraída da obra “Conduta Espírita”, do espírito André Luiz, psicografada por Waldo Vieira. 


Ama-te mais.
Certamente, não nos referimos ao sentimento egoísta, ambicioso, envenenador.
Amar-se, é respeitar-se, proporcionando-se as conquistas superiores da vida, os anseios elevados do coração.
Intenta estabelecer um pequeno programa de amor para ti e executa-o.
Mantém acesa a luz do entusiasmo em tuas realizações e sabendo-te fadado à Grande Luz, deixa que brilhem as tuas aspirações nobres.
Escolhe “a melhor parte” em tudo e supera aquelas nefastas, que prejudicam e envilecem.
 
Joanna de Ângelis

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Mensagem II - Enviada por Marlene

30. O Espiritismo não é uma luz nova, mas uma luz mais brilhante, porque surgiu de todos os pontos do globo através daqueles que viveram. Tornando evidente o que era obscuro, põe fim às interpretações errôneas, e deve unir os homens em uma mesma crença, porque não há senão um Deus, e suas leis são as mesmas para todos; ele marca enfim a era dos tempos preditos pelo Cristo e pelos profetas.
 

31. Os males que afligem os homens na terra têm como causa o orgulho, o egoísmo e todas as más paixões. Pelo contato de seus vícios, os homens tornam-se reciprocamente infelizes e punem-se uns aos outros. Que a caridade e a humildade substituam o egoísmo e o orgulho, então eles não quererão mais prejudicar-se; respeitarão os direitos de cada um e farão reinar entre eles a concórdia e a justiça.
 

32. Mas como destruir o egoísmo e o orgulho, que parecem inatos no coração do homem? - O egoísmo e o orgulho estão no coração do homem, porque os homens são espíritos que seguiram desde o princípio o caminho do mal, e que foram exilados na terra como punição desses mesmos vícios; é o seu pecado original, de que muitos não se despojaram. Através do Espiritismo, Deus vem fazer um último apelo para a prática da lei ensinada pelo Cristo: a lei de amor e de caridade

Mensagem- Enviada por Marlene

Reserva algum período do teu tempo ao serviço sem remuneração à caridade fraternal, à ação em favor da comunidade.

A “hora vazia” é sempre espaço mental perigoso. Oferece-a ao teu próximo, a alguma Sociedade ou Agremiação que se dedique à benemerência, à construção de vidas.

Pequenas ajudas produzem os milagres das grandes realizações.

Jamais te escuses a este mister de ajuda desinteressada, não retribuida.

Há muita aflição esperando socorro e compreensão.
 
Joanna de Ângelis